sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Dicas de Filmes -

1º - Ninguém Segura Esse Bebê

Sinopse: Em Chicago o bebê Bink tem todo o amor do mundo e tudo que o dinheiro pode comprar. Entretanto, três malandros, liderados por Norby (Joe Pantoliano), se passam por fotógrafos e seqüestram a criança. No entanto o bebê foge de forma fantástica e de forma mais fantástica ainda percorre a cidade, visitando os lugares que viu no seu livro e, de quebra, envolvendo os pilantras em diversas confusões.
Ano: 1994
Gênero: Comédia

VIVA E DEIXE VIVER


Há pessoas que com apenas um gesto de carinho e uma história para contar conseguem transformar um ambiente onde a dor é predominante em um local alegre e agradável, contribuindo para o bem-estar não só da criança como para sua família e equipe médica. Um exemplo disso são os contadores de história desta associação.

A ASSOCIAÇÃO VIVA E DEIXE VIVER é uma OSCIP - Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, que conta com o apoio de voluntários para realizar sua MISSÃO: Fomentar a Educação e Cultura na Saúde através da leitura e do brincar, transformando o atendimento clínico e a internação hospitalar de crianças e adolescentes em um momento mais alegre, agradável e terapêutico, contribuindo para o bem estar de seus familiares e equipe multidisciplinar.
Os principais recursos da Associação Viva e Deixe Viver atualmente são a leitura de obras infantis, as brincadeiras, a criatividade e o bom humor de seus voluntários.

O que é o Centro de Contação de Histórias?
O Centro de Contação de Histórias, uma iniciativa do Viva São Paulo, é um espaço criado para fomentar pesquisa, estudos e realizar cursos de difusão cultural que contribuam para a sustentabilidade da entidade, difundindo a arte de contar histórias. A programação envolve aulas sobre arte, teatro e música e aperfeiçoamento da arte de contar histórias, temas ligados à atividade do Viva.

No estado do Paraná o projeto acontece em Curitiba no Hospital Evangélico e Hospital de Clinicas, com a participação de 71 voluntários.

Para maiores informações acesse o site da associação: http://www.vivaedeixeviver.org.br/extras/fal.conos.php

Se deseja apoiar este projeto sendo um voluntário, preencha a ficha de inscrição do site: http://www.minhasinscricoes.com.br/Vivaedeixevivervolun/2008/

Deixo ainda se interessar o e-mail para contato com o projeto em Curitiba: curitiba@vivaedeixeviver.org.br


Dica de Leitura





Sinopse:

Este livro tem como finalidade promover uma educação criativa e prazerosa para a criança ao abordar a arte, nas histórias infantis, ao mesmo tempo em que apresenta atividades lúdicas de aprendizagem.

Contar histórias com arte vai permitir que a criança participe ativamente, imagine, brinque e construa os personagens, ao mesmo tempo em que poderá dramatizar as suas histórias e, dessa forma, desenvolver a linguagem, a imaginação e a criatividade.

Ensinar brincando apresenta jogos pedagógicos, de forma que se promova a aprendizagem na educação da criança, com a certeza da necessidade de o adulto perceber o significado do brincar para ela. O brincar integra, desenvolve, socializa e propicia a valorização da criança, aumentando, assim, a sua auto-estima.

Contar histórias com arte e ensinar brincando é um livro ideal para professores da educação infantil e séries iniciais do ensino fundamental, uma vez que a percepção, a imaginação e as habilidades motoras se desenvolvem nessa fase e, tanto a arte como as histórias instigam a imaginação e a criatividade infantil, despertando o ser poético que habita em cada criança.

Escrito a partir de experiências cotidianas, o livro apresenta um trabalho lúdico e didático, envolvendo a arte e as histórias infantis ao mesmo tempo em que apresenta jogos pedagógicos, com o objetivo de ensinar brincando.

Seu conteúdo é direcionado para as histórias ilustradas por meio de fantoches, bonecos de sucata, origami, figuras em silhueta. Contextualizando com as histórias, os jogos pedagógicos são abordados de forma lúdica e interdisciplinar, envolvendo atividades de matemática e auxiliando a alfabetização.

Título: Contar Histórias com Arte e ensinar Brincando
Autor: Aurora Ferreira
Editora: WAK EDITORA
ISBN: 978-85-88081-81-9

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

A ARTE DE (ENCANTAR) CONTAR HISTÓRIAS

          A narração de histórias remota os princípios da comunicação do ser humano. Na antiguidade era forma pelo qual o conhecimento era adquirido. Os nômades , viajantes, andarilhos e todos os tipos de pessoas viajantes e viajadas, sempre narravam suas histórias, suas aventuras e andanças pelo mundo, aos ouvintes que se interesavam por tais fatos e narrativas, e através delas, absorviam o que lhes interessava, fazendo uso desta informação da maneira que mais lhes era pertinente.

          Nos dias atuais a narração de histórias, ou a arte de contar histórias e uma atividade ligada a diversos afazeres e voltada para cada momento diferente, porém ainda com o mesmo objetivo especifico, que é construir no ouvinte um momento auditivo de interação com o contador de histórias, de modo tal que através deste contato, as histórias possam imprimir algum sentido direto na vida destes ouvintes, servindo de meio interativo para a caracterização do seu espaço, fazendo com que este ouvinte possa fazer ligações com seu cotidiano e desta forma, ajudar a este ouvinte na percepção de sua realidade, e como agir para modificar o que desejar.

           Através das histórias observamos a nossa própria vida e fatos ocorridos, através da comparação pensamos e repensamos nossas atitudes.

           A contação de histórias deve ser exercida para pessoas de todas as idades, em todas as condições. Crianças, jovens, adultos e idosos, todos se interessam por uma boa história contada, e todos acabam fazendo ligações individuais com a narrativa.

         A contação de histórias e ferramenta muito bem utilizada também em diversos momentos, porém e mais validos citar dois momentos, os quais, me interessam mais.

          Primeiro no apoio/auxilio no tratamento de criañças enfermas e doentes, claro o contador de histórias deve antes de tudo ter um discernimento muito bom para saber bem qual a história deve ser contada, deve antes ater-se a realidade da crianças hospitalizadas e ai sim escolher temas e historias que auxilien de forma positiva no tratamento destas crianças.

         E por segundo, a contação de histórias no ambiente da Biblioteca Escolar, enquato auxilio/apoio ao incentivo a leitura de crianças. Esta atividade e de suma importância neste contexto devido mediação que pode ser feita entre os livros e as crianças, o ludico, as imagens, a narrativa, desperta nas crianças que estão sendo alfabetizadas o interesse pelo livro e pela literatura, fazendo com que estas façam ligações diversas com o texto narrado e seu universo infantil.

          É uma arte encantar e contar histórias!



"Era uma vez , assim vai começar esta linda história que eu agora vou contar...

      Era uma vez uma professora que contava histórias trocando seu tempo por experiências e encantamento, falava de aventuras, heróis, príncipes e princesas. O tempo foi  passando e as coisas foram mudando, as pessoas não eram mais as mesmas e parecia que as crianças também não eram as mesmas e a professora parou de contar histórias porque precisava cumprir o programa e histórias passou a ser perda de tempo, também com tanto vídeo game, DVD, TV, Internet, não sobrava tempo. E aquela professora alegre, leve começou a sentir o peso desse tempo ficando com as costas arqueadas e com uma expressão de quem perdeu o "poder". E foi num desses dias de desânimo que eu a encontrei e sem que  lhe dirigisse a palavra ela começou a me dar lições dizendo que  era chegada a hora de olharmos para dentro de nós mesmos e buscar um sentido para nossa existência e que eu não devia deixar que esse mundo frenético, violento, apressado me contaminasse, porque  ela me tornaria uma contadora de histórias uma espécie de guardiã de um tesouro que ao final ela me daria assim que aprendesse suas lições que eu teria o "poder" que ela não perdera apenas guardou pois sabia que iria me encontrar e que com ele  seria capaz de abrir ouvidos e corações cultivando o bem maior do ser humano  que é a capacidade de se humanizar.


Edna Imaculada Inácio de Oliveira

Professora do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais

 

terça-feira, 24 de novembro de 2009

A Importância Do Saber Contar Histórias Na Educação Infantil

         Ler histórias para crianças é poder sorrir, rir, gargalhar com as situações vividas pelas personagens, é suscitar o imaginário, é ter curiosidade respondida em relação a tantas perguntas, é encontrar idéias para solucionar questões. É uma possibilidades de descobrir o mundo imenso dos conflitos, dos impasses, das soluções que todos vivemos e atravessamos.
        É ouvindo histórias que se pode sentir emoções importantes como a tristeza, o pavor, a insegurança, a tranqüilidade e tantas outras mais.
 
         “É através duma história que se podem descobrir outros lugares, outros tempos, outros jeitos de agir e de ser, outra ética, outra ótica...É ficar sabendo História, Geografia, Filosofia, Política, Sociologia, sem precisar saber o nome disso tudo e muito menos achar que tem cara de aula...”.( ABRAMOVICH, 1995, p. 17).
        A leitura é uma forma exemplar de aprendizagem, é um dos meios mais eficazes de desenvolvimento sistemático da linguagem e da personalidade. Favorece a remoção de barreiras educacionais, principalmente através da promoção do desenvolvimento da linguagem e do exercício intelectual, aumentando a possibilidade de normalização da situação pessoal de um indivíduo.
       A exposição à leitura da histórias no seio familiar durante os anos pré-escolares, leva muitas crianças ao sucesso escolar. As crianças que vivem num ambiente letrado desenvolvem um interesse lúdico com respeito às atividades de leitura e escrita, praticadas pelos adultos que a rodeiam. Esse interesse varia de acordo com a qualidade, freqüência e valor destas atividades realizadas pelos adultos que convivem com as crianças. Se uma mãe ler para seu filho textos interessantes e com boa qualidade, nota-se que estará transmitindo a ele informações variadas sobre a língua escrita e sobre o mundo. Isso é de suma importância para a criança, pois irá levá-la a interessar-se cada vez mais pela leitura das histórias ouvidas.



         Ao adentrar no mundo escolar, a leitura não mais se realizará como na família, devendo sofrer modificações que são vitais para o desenvolvimento da aprendizagem. Para poder transmitir à criança uma visão clara do que se está lendo, o contador de histórias deverá ter algumas atitudes, tais como:

  • Visualizar o livro para a criança, através da exposição das gravuras;
  • Ler de forma liberal, porém clara e agradável, atraindo a atenção da criança;
  • Manter-se aberto para as perguntas das crianças, incentivando a troca de comentários sobre o texto lido.

Contar histórias – uma maneira inteligente, divertida e mágica de mudar a vida do seu filho



         A partir do primeiro ano de vida, os bebês começam a se interessar por muitas novidades. Entre as mais interessantes e poderosas estão os livros. A leitura é um enorme estímulo para à criatividade, a imaginação, a inteligência, a capacidade verbal e a concentração da criança.
        O hábito da leitura deve ser construído desde o berço, com persistência, dedicação e entusiasmo, pois será a grande chave para a formação da criança em todos os sentidos. É fundamental que ela aprenda a buscar conhecimento, cultura e diversão através da leitura desde a mais tenra idade. Os livros devem estar presentes no seu dia-a-dia, assim como os brinquedos. A leitura de histórias enriquece os pequenos e faz com que mergulhem em um mundo de aventuras, distração e riquíssimas informações.


         O importante é que o ato de ler, se possível todos os dias, é o que levará seu filho a um momento tão gostoso que é a aventura do saber e do conhecer. Além disso, quando os pais compartilham desse espaço diário de leitura na vida dos filhos, estão fortalecendo um laço especial entre ambas as partes. A criança deve aprender a ouvir histórias desde muito cedo.
        Recomenda-se, entretanto, que os pais façam com disciplina e que valorizem o momento da leitura com os filhos. De certa forma, podemos dizer que a hora de dormir é o mais recomendado, pois é uma forma de tranquilizar e fazer a criança adormecer com boas sensações.

       Deve-se estabelecer um determinado horário, criar um clima adequado e diversificar os temas dos contos. Algumas dicas interessantes podem proporcionar mais humor e entusiasmo, como pequenas alterações na expressão facial, na postura e no tom de voz.
       A combinação do lúdico com a expectativa da próxima história farão desse momento o mais esperado do dia, ou melhor da noite.

Fonte: Bubbles Kids

Como contar histórias?

Muitas pessoas ao se depararem com uma situação onde necessitam contar uma história dizem que não sabem ou que não conseguem fazê-lo. Na arte de contar história não há uma receita pronta, porém existem algumas dicas que podem ser úteis no decorrer deste momento.

  • Passe segurança! Não se desculpe ao começar, nem em palavras nem com uma expressão corporal encurvada.
  • Conte em suas próprias palavras. Deixe a imaginação funcionar - isto é o que cria mágica e não malabarismos da memória.
  • Se der branco, continue. Não faça caretas, chingue nem desculpe-se. Continue descrevendo detalhes de cores, locais.. isto estimula a imaginação e ajuda a memória.
  • Mantenha as histórias até 10 minutos de extensão. Ensaie e cronometre.
  • A introdução é crucial. Você vai ganhar ou perder nos 3 primeiros minutos dependendo de como você começa.
  • Você tem que criar sua audiência no grupo de crianças, cada uma com seus próprios pensamentos e focos de atenção, antes que você possa começar a contar uma história para elas. Deve haver, na introdução, o indício de que coisas excitantes irão acontecer, incitando a curiosidade, unindo as crianças em antecipação. Não dê tudo na introdução. Sempre mantenha um certo nível de mistério, antecipação e surpresa durante toda a história.
  • Nós adultos tendemos a subestimar a capacidade das crianças de imaginar e fantasiar, e assim, muitas vezes fazemos muitos esforços para esplicar ou justificar o cenário, ou explicar tudo com detalhes. Na verdade, o que atrai as crianças é a possibilidade de entender os aspectos implausíveis da história depois; o que é ótimo, você tem a atenção delas e elas ficarão pensando no que você disse.
  • Para contar histórias você precisa de um pouco de habilidade em vendas, sinceridade (não tente fingir alegria, tristeza, etc.. seja verdadeiro!), entusiasmo (não significa ser barulhento ou articificial), animação (em gestos, voz, expressão facial) e mais importante, ser você mesmo.
  • Mantenha simples e direto.
  • Uma vez terminada a história, não fique divagando e corrigindo. Deixe os pensamentos das crianças presos no ponto da história, na mensagem central.
  • Quanto mais você praticar, melhores ficarão as suas técnicas. Teste diferentes métodos, seja criativo. Você sempre aprende com suas experiências.
  • Tenha certeza de colocar algum drama, suspense na história. Deve haver uma situação que dirija ao climax e ao final da história. O conflito pode ser introduzido imediatamente ou aos poucos para aumentar o suspense e a intriga. Tente levar os ouvintes a se preocupar junto com os personagens e se envolver com o que acontece.
  • Crianças aprendem com seus sentidos. Elas adoram sentir, cheirar, tocar, escutar e ver. Descreva personagens e locais vividamente, ajudando-os a solidarizar-se com os personagens.
  • Numa audiência mista, tente colocar a história ao nível do mais novo.
Principles of Story Telling, Barry McWilliams.
Traduzido e publicado com autorização do autor.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Diferenças entre ler e contar histórias

         "São duas coisas muito diferentes, porém ambas muito importantes. Um texto escrito segue as normas da língua escrita, que são completamente diferentes daquelas da linguagem falada. Quando uma criança ouve a leitura de uma história ela introjeta funções sintáticas da língua, além de aumentar seu vocabulário e seu campo semântico. Porém, aquele que lê a história deve dominar a arte de contá-la, estar preparado suficientemente para fazê-lo com apoio no texto, sabendo utilizar o livro como acessório integrado à técnica da voz e do gesto.
        Além disso, quem lê para uma criança não lhe transmite apenas o conteúdo da história; promovendo seu encontro com a leitura, possibilita-lhe adquirir um modelo de leitor e desenvolve nela o prazer de ler e o sentido de valor pelo livro.
          Há opiniões divergentes neste campo: alguns autores consideram que o contador sem o livro tem mais liberdade de acentuar emoções, modificar o enredo segundo as reações da criança e portanto, melhor comunicação com o público infantil. Teria ainda mais disponibilidade para trabalhar sua voz e seu gesto.
          Somos partidárias, neste aspecto de que o importante é como ler e como contar, porque é preciso que se tenha técnica e preparo para despertar o desejo e o prazer das crianças."
         Este texto faz parte do artigo A importância de contar histórias para as crianças de Cláudia Marques Cunha Silva.

Sítio do Picapau Amarelo


        Dona Benta é dotada de uma cultura invejável, é o contraponto adulto para as reinações que Pedrinho, Narizinho, Emília e o Visconde nunca deixam de aprontar. Ela sempre conta uma história que todo mundo adora. As vezes Dona Benta conta um fábula, Emília sempre crítica uma fábula contada por Dona Benta, tudo porque as fábulas tem lá suas morais de história. Além disso explica através de suas histórias Física, Química, Matemática e outras matérias a partir do seu entendimento.
        Tia Nastácia trabalha no sítio como cozinheira de mão cheia. Também conta muitas histórias, mas enquanto Dona Benta utiliza-se de um ponto de vista mais culto, esta utiliza de sua linguagem simples e mais social, para contar histórias do cotidiano e do folclore brasileiro.
        Monteiro Lobato mostra que o que importa não é a formação avançada de quem conta e muito menos o conteúdo da história, desde que seja de importância e utilidade para aqueles que escutam e de dominio daqueles que contam.
       Das histórias dessas personagens existem principalmente dois livros:
Serões de Dona Benta e História das invenções: Certo dia, dona Benta resolve ensinar física aos meninos, e em vários serões faz um verdadeiro curso da matéria, melhor que quando feito, penosamente, nos colégios. A física perde a sua secura. Os diálogos, os incidentes, as constantes perguntas dos meninos e as ocasionais maluquices da Emília, amenizam o processo do aprendizado (1937).
Histórias de tia Nastácia: São as histórias mais populares do nosso folclore, contadas por tia Nastácia e comentadas pelos meninos. Nesses comentários, no fim de cada história, Pedrinho, Narizinho e Emília revelam-se bem dotados de senso crítico, e "julgam" as histórias da negra com muito critério e segurança. É um livro que "ensina" a arte da crítica - lição que pela primeira vez um escritor procura transmitir às crianças (1937).

“Todas as crianças, menos uma, crescem”.


Essa criança é Peter Pan, personagem criado pelo escritor J. M. Barrie.
Tal personagem é citado aqui com o objetivo de exaltarmos a importância da história até mesmo para quem não sabe ler, como Peter e os meninos perdidos. Na figura de Wendy eles enxergavam uma "mãe" que poderia lhes dar carinho e contar histórias.
        Os meninos perdidos, ao contrário de Wendy e seus irmãos, não conheciam o amor. Quando ela chega cheia de histórias para contar, histórias de amor, de aventuras, de finais felizes, conquista os meninos, aquecendo-lhes os corações. Primeiramente aquelas histórias trouxeram a eles uma capacidade de imaginação, querendo reviver na prática o que ouviam. Mas ao descobrirem o significado do amor, todos descobrem que é preciso voltar para casa e crescer. Exceto Peter Pan.

Curiosidades:
-Barrie começou a escrever sobre Peter Pan a partir da convivência com os cinco filhos de Sylvia Llewelyn Davies, ela própria filha do romancista George du Maurier e uma figura materna com quem Barrie teve uma longa amizade.
-Peter Llewellyn Davies, um dos filhos de Sylvia e inspiração para o nome do personagem, se tornou editor, mas cometeu suicídio em 1960, se jogando na frente de um metrô. É dito que Peter se tornou muito infeliz ao longo da vida, por nunca conseguir se desassociar do personagem que recebeu seu nome.

A história de Sherazade


     As mil e uma noites são as famosas e irresistíveis histórias inventadas e preservadas pela tradição oral dos povos da Índia e posteriormente da Pérsia. Seu autor é Antoine Galland, que se baseou num texto sírio datado do século XIV.

    Mil e uma noites é o tempo em que Sherazade, mulher "experta", corajosa e determinada teve sua cabeça a prêmio.

    Conta-se que num antigo reino, um sultão extremamente cruel e movido pelo ódio às mulheres, tinha à cada noite uma companhia feminina diferente. Depois de usufruir de todos os prazeres que uma mulher pode proporcionar, e sem oferecer nenhum tipo de afeto em troca, executava sem piedade sua amante marcada para morrer. O terror se espalhou pelo reino, toda noite a filha de algum súdito conhecia a morte precedida pelo amor fugaz. Sherazade conseguiu o impossível, remover do coração do Sultão todo o ódio e amargura que o corroíam. Apenas sua beleza não podia ajudar, era preciso uma estratégia hábil e ao mesmo tempo sutil. Dotada de um domínio raro das palavras e de uma memória que desafiava o tempo, seduziu seu carrasco com uma história que se iniciou numa noite e foi sendo recriada outras mil vezes. Querendo conhecer o desenlace das tramas, o sultão poupava Sherazade sempre para a madrugada seguinte. Assim como nós, ela conseguia adiar sua morte. No milésimo primeiro dia, o sultão descobriu que amava aquela mulher, revelando o poder da palavra.

Como contar histórias


       As histórias infantis têm papel fundamental na formação do indivíduo, tornando-o criativo, crítico e capaz de tomar decisões. Quando se conta uma história, deve-se ter em mente que aquele momento será de grande valia para a criança, pois através desses contos será formado um banco de dados de imagens que será utilizado nas situações interativas vividas por ela. Recomenda-se que o educador faça todo um ritual antes do momento de contar histórias.
      O ideal é que o professor, ao contar uma história, tenha uma diversidade de estratégias sendo consideradas como principais: tocar a imaginação dos alunos, saber como utilizar a expressão corporal, o ritmo, o gesto, e principalmente a entonação da voz, fazendo com que nesse momento a criança fique envolvida pelo encantamento e pela fantasia.
      Sugere-se ao professor que crie em sua sala de aula o livre acesso aos livros através de um cantinho de leitura no qual fiquem disponíveis aos alunos livros, revistas, jornais etc., facilitando o manuseio.
     Orienta-se que o professor se informe mais sobre os aspectos que estão envolvidos na apropriação no processo da leitura e seus aspectos fundamentais na visão lingüística, psicológica, social e fisiológica. Ressalta-se que quando se tem domínio de certo papel a desempenhar o resultado é totalmente diferenciado e qualificado.